Dos fatos que nos chegam todos os dias, a angústia como afeto que não engana e o que se gera de efeitos em uma análise, colocando o analista diante da pergunta feita a cada vez sobre a direção do tratamento de seu paciente, o analista vacila, oscila, avança e investe permanentemente na sua formação. No campo da transferência, neste corpo que se oferece para os efeitos deste fenômeno, há um sujeito advertido, mas falível pelas formações do inconsciente que continuam agindo sobre ele.
É certo que Lacan e Freud fizeram grandes contribuições a essas questões, mas a escassez das discussões entre os psicanalistas sobre estes tropeços inerentes ao nosso ofício, nos nossos espaços, são substituídas por uma voz superegoiga que impede, paradoxalmente, a verificação da potência de seus atos."
Jeanine Alexandre Fialho - Psicanalista, membro da Maiêutica Florianópolis - Instituição Psicanalítica.